Nasceu em 1950 no município de Caicó, Rio Grande do Norte, filho de Luís Fernandes da Costa e Francisca Jandira Torres Fernandes da Costa. Gerardo era poeta e jornalista. Durante o período em que residiu em Itú/SP, participou do jornal BIDU, gazeta poética e política que mobilizava a juventude daquela cidade do interior paulista. Depois, passou a morar em Sorocaba, onde prestou exame vestibular na Universidade local, tendo alcançado o 5º ano do curso de medicina. Como estudante universitário engajou no movimento estudantil, inclusive foi eleito presidente do Diretório Central dos studantes da Universidade de Sorocaba. Era amigo de Alexandre Vanucci Leme, estudante de Geologia na USP e assassinado pelo DOI-CODI do II Exército na mesma época de Gerardo. Era sobrinho, pelo lado materno, do exdeputado e ex-prefeito de Caicó, Manoel Torres.
Circunstâncias da Prisão e Morte
Gerardo morreu em 28 de maio de 1973. Segundo a versão oficial divulgada pela repressão política, Gerardo teria se suicidado, atirando-se do 94 Viaduto do Chá, centro de São Paulo. A causa da morte do militante político foi atribuída a traumatismo crânio-encefálico. O laudo foi assinado por Otávio 'Andréia, legista da ditadura militar, responsável por inúmeros laudos falsos de morte de prisioneiros políticos, a exemplo de Luís Eurico Tejera Lisboa, morto sob tortura em São Paulo. Paradoxalmente o laudo oficial não registra, no cadáver de Gerardo, nenhuma outra fratura ou mesmo escoriações, prováveis em alguém caído de uma altura razoável. O jornal francês, Le Monde, veiculou à época a morte de Gerardo, atribuindo-lhe motivação de natureza política. Gerardo teria sido enterrado no cemitério de Perus/São Paulo com o nome verdadeiro
FONTE: LIVRO O GOLPE MILITAR NO RIO GRANDE DO NORTE E OS NORTE-RIO-GRANDENSES MORTOS E DESAPARECIDOS: 1969/73, DE LUCIANO FABIO DANTAS CAPISTRANO
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